Você sabia que depois do câncer de pele não melanoma, o de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil? Pois é! Ele responde por cerca de 28% dos casos novos a cada ano.
O câncer de mama também acomete homens, mas é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. Nós da La Dermine queremos, nesse outubro rosa, incentivar e te ajudar a fazer o exame de toque, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de tratamento e cura.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.
Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor.
Entenda mais sobre a importância do diagnóstico precoce, o auto exame, fatores de risco, sinais de alerta e tratamentos para o câncer de mama.
Auto exame e diagnóstico precoce
A orientação atual é que a mulher faça a observação e a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal, como no banho ou no momento da troca de roupa.
Não há necessidade de uma técnica específica de autoexame, em um determinado período do mês, como preconizado nos anos 80.
Isso porque, na prática, muitas mulheres com câncer de mama descobriram a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática de se auto examinar, com método e periodicidade definidas.
Fatores de risco para o câncer de mama
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, como idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. Os fatores endócrinos/história reprodutiva estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno.
Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona).
Os fatores comportamentais/ambientais bem estabelecidos incluem a ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade na pós-menopausa, e exposição à radiação ionizante.
O tabagismo, fator estudado ao longo dos anos com resultados contraditórios, é atualmente reconhecido pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como agente carcinogênico com limitada evidência de aumento do risco de câncer de mama em humanos.
Os fatores genéticos/hereditários estão relacionados à presença de mutações em determinados genes. Mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem ter predisposição genética e são consideradas de maior risco para a doença. O câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas 5% a 10% do total de casos.
Sinais de alerta!
Atente-se aos principais sinais de alerta no exame da mama:
- Secreção mamilar espontânea unilateral/uniductal de coloração sanguinolenta ou transparente tipo água de rocha.
- Retração, abaulamento e/ou alteração da coloração da mama.
- Edema, tipo casca de laranja em mamas e/ou axilas.
- Inversão anormal do mamilo (que afunda, “entra” no peito).
- Nódulo endurecido que surge na axila.
- Coceira no mamilo que não melhora com uso de corticoide.
- Vermelhidão ou inchaço na mama.
Tratamentos para o câncer de mama
Existe o tratamento local e o tratamento sistêmico. O tratamento local é realizado com a cirurgia, que pode ser radical, ou seja, mastectomia, ou parcial, com as ressecções segmentares, que consiste na remoção do tumor com margem de segurança.
Além da cirurgia da mama, deve ser realizada a investigação dos gânglios da axila. A cirurgia é complementada com a radioterapia em casos selecionados. O tratamento sistêmico pode ser realizado com a quimioterapia, o tratamento hormonal ou, ainda, a imunoterapia.
Grazi
Farmacêutica da La Dermine
Com informações de: https://www.inca.gov.br/